KNSC11 - VALE A PENA?
Lucas Magalhães /// 04 de Fevereiro de 2023
KNSC11: Kinea Securities vale a pena?
Olá, Investidores! Neste artigo, vamos falar sobre o KNSC11, um dos fundos de papel da Kinea.
No texto você irá encontrar:
¨ Kinea Securities (KNSC11)
¨ Portfólio do KNSC11
¨ Carteira de CRIs
¨ Garantias dos papeis
¨ Riscos para o KNSC11
¨ Considerações Finais.
Boa Leitura!
KINEA SECURITIES (KNSC11):
O Fundo teve seu inicio em 28 de outubro de 2020.
CNPJ: 35.864.448/00001-38
Administrador: Intrag DTVM Ltda.
Gestor: Kinea Investimentos Ltda.
Taxa de Administração e Gestão; 1,20% a.a.
Taxa de Performance: não há
Patrimônio Líquido: 1.169.943.360
Nº de cotistas: 82.082
Participação do IFIX: 1,078%.
O Kinea Securities (KNSC11) é um fundo imobiliário que tem o objetivo de gerar rendimentos e ganhos de capital aos seus cotistas, através dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e das cotas de outros fundos imobiliários.
PORTFÓLIO DO KNSC11:
Atualmente, o KNSC possui 61 CRIs, com as operações adimplentes em suas obrigações. Além disso, ainda há 1,8% em LCI, 2.0% de seu PL investido em cotas de dois FIIs, sendo eles IDGR11 e ERCR11, e 3,4% em título de renda fixa/caixa.
O fundo possui operações compromissadas reversas lastreadas em CRIs. Essas operações permitem maior flexibilidade e velocidade na alocação de recursos.
Vale destacar que tais operações possuem prazo longo de vencimento e são cuidadosamente monitoradas pela equipe de gestão de riscos da Kinea. A exposição atual é de aproximadamente 10,0% do Patrimônio Líquido do Fundo, patamar no qual não adiciona grandes riscos ao fundo.
GESTORA:
A Kinea é a segunda maior gestora do mercado de FIIs, com quase R$ 22,2 bilhões sob gestão. A gestora dispensa apresentações, sendo que é uma das mais tradicionais do mercado e possui um corpo técnico com muita experiência e qualidade.
Além do KNSC11, a gestora possui KNCR11, KNIP11, KNHY11, KNRI, dentre outros.
FINANCEIRO:
No demonstrativo de resultado do exercício (DRE) considera-se os rendimentos apropriados através do regime contábil de competência, que compreende juros e correção monetária dos ativos, deduzidos da taxa de administração, custódia e demais custos de manutenção do Fundo. Adicionalmente, são excluídos os efeitos de marcação a mercado (MTM) dos títulos, sejam eles positivos ou negativos, conforme abaixo:
Fonte: Kinea Securities
CARTEIRA DE CRIs:
A carteira de CRIs está alocada principalmente nos segmentos residencial (35,1%) e de escritórios (34,7%), o Fundo também possui operações em outros setores como shopping, corporativo, logístico.
Fonte: Kinea Securities
Em relação aos indexadores, o Fundo possui maior exposição ao IPCA (58,7%), onde gradativamente vem elevando a alocação em operações atreladas ao CDI
(atualmente em 38.2%) além de estar exposto a SELIC (3,1%), como forma de aproveitar o atual cenário de juros no país.
Um ponto muito interessante é a capacidade de adaptar a carteira de acordo com as condições macroeconômicas, o que traz uma grande vantagem frente aos outros fundos de recebíveis da gestora, que são menos flexíveis.
Outro ponto a observar é a parcela investida em CRIs em IPCA corresponde a 62,4% do patrimônio líquido do Fundo, remunerados a um yield médio (MTM) de IPCA +8,62% a.a. com um duration de 5,2 anos.
O montante investido em CRIs em CDI corresponde a 40,2% do patrimônio, a um yield médio (MTM) de CDI + 3,51% a.a. com prazo médio de 4,1 anos.
RENTABILIDADE:
Com isso a rentabilidade foi de R$ 0,94 por cota, o que representou 0,99% considerando a cota média de ingresso de R$ 94,98 pago em 12/01/2023, o que corresponde 88% da taxa DI do período e 104% do CDI considerando o gross-up do IR à alíquota de 15%, de acordo com o relatório gerencial de dezembro/22.
Ainda podemos notar a rentabilidade do Fundo nos últimos 12 meses, considerando a distribuição de rendimento e tomando como base média ponderada dos valores praticados nas emissões de cotas, excluindo as despesas da emissão.
Fonte: Kinea Securities
GARANTIA DOS PAPEIS:
Agora, com relação a garantias é fundamental analisar quais envolvem as estruturas dos CRIs em vista de uma possível necessidade de executá-las caso haja inadimplência.
Nota-se que esse fundo possui um portfólio com garantias sólidas, o que proporciona maior segurança aos cotistas, onde contam com alienação fiduciária dos terrenos e das SPEs dos projetos, além de contar com cessões fiduciárias dos recebíveis e também aval dos acionistas.
RISCOS PARA O KNSC11:
E quais riscos devemos levar em consideração neste tipo de fundo imobiliário?
Como principais riscos, destacamos:
O Risco de crédito, que é o risco dos devedores caso haja um default (calote), onde os pagamentos dos CRIs serão interrompidos, impactando negativamente suas distribuições. Mesmo que tenha um mecanismo de proteção robusto e garantias suficientes para cobrir as dívidas, temos que lembrar que o processo de execução é moroso, e o fundo ainda pode incorrer em eventuais perdas patrimoniais.
Outro risco é o de pré-pagamento e reinvestimento, pode acontecer dos devedores pré-paguem as dívidas antigas (com juros maiores) para financiar novos débitos a juros menores. Caso isso ocorra, ou os CRIs simplesmente vençam, o fundo pode ter alguma dificuldade em reinvestir os recursos na mesma taxa de juros.
E por fim o próprio risco de mercado, por estar sendo negociado na Bolsa há o risco relacionado a volatilidade das suas cotas, conforme o momento do mercado.
Além disso, é necessário comparar com os pares do mesmo setor para ter uma análise dos RISCOS x RETORNOS:
COMPARATIVO ENTRE OS PARES
| Fundo de estudo KNSC11 |
CVBI11 |
MCCI11 |
BTCR11 |
KNIP11 |
Tempo de Mercado | 2 anos | 3 anos | 3 anos | 4 anos | 5 ano |
P/VP | 0,98 | 0,93 | 0,94 | 0,92 | 0,96 |
PL | 1,169 bilhões | 1,033 bilhões | 1,568 bilhões | 458 milhões | 7,516 bilhões |
Dividend Yield – últimos 12 meses |
13,01% |
14,34% |
14,72% |
12,53% |
13,83% |
Fonte: Status Invest
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Além de possuir uma gestão com vasta experiência na estruturação e acompanhamento de créditos imobiliários, é um fundo que vale o estudo por possuir uma excelente liquidez no mercado secundário.
Além de possuir um portfólio pulverizado em operações com baixo risco de crédito e com garantias robustas. Tem um spread médio líquido bastante atrativo tendo em vista os riscos e as durations das operações.
Assim como, um portfólio balanceado entre indexadores e um desconto sobre o valor patrimonial. Ou seja, um ativo atrativo e com benefícios que devem ser levados em consideração na hora de colocar em sua carteira.
Até o próximo fundo imobiliário. Não deixe de acompanhar o nosso Instagram!
Leia mais sobre fundos imobiliários, conheça o VGHF11.
Lucas Magalhães.
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Lucas Magalhães
Engenheiro Ambiental e Gestor Comercial, apaixonado por investimentos!
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